domingo, 15 de novembro de 2009

Ventilador, precursor do terror

Professor,
por favor
ligue o ventilador,
não seja um ditador
ou terei que soltar um vapor
e o senhor
terá que suportar o fedor
e garanto que não será agradável tal odor
pois irei soltar o tal vapor
sem nenhum pudor
e não me venha falar de sua dor
e nem que de tal odor
você até consegue sentir o sabor,
pois isso despertaria grande temor
causando um enorme terror.

Foi assim que o insolente do professor,
exclamou com ardor
em um momento de grande torpor
que ligaria o ventilador.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A janta

Uma pessoa à noite janta
janta e a fome ela espanta
se está feliz ela canta
se está triste ela pranta.

Se desespera e reza pela santa
mas não adianta
porque na verdade ela não é santa
sua anta.

Algo na cozinha queima que até me encanta
vá ver, é sua janta
sua anta.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Cachaça

Andando pela praça
olho uma garota que por mim passa
sinto um cheiro de cachaça
e logo depois, a garota que por mim passa
tropeça, cai e se arregaça.

Se levanta e a culpada ela caça
vê um pedreiro que está virando uma massa
mas está muito longe para ser sua caça
e diz que se ela chegar mais perto ele a traça.

Olha para outro lado e vê um cachorro de raça
e percebe qual é a sua caça,
não é o cachorro de raça,
nem o pedreiro que vira a massa,
a caça,
na verdade, é a cachaça.

domingo, 15 de março de 2009

A briga com a Maria e as dores de uma vadia

Enquanto eu escrevia
aquela linda poesia
ouvi de uma vadia
que poeta eu nunca seria.

Chamei minha tia
que nunca aparecia
enquanto isso eu via
a Maria e a cutia.

Me irritei com a Maria
que me batia
e a cutia que ria
e de repente, porrada nas duas eu metia.

Rapidamente a luta eu vencia
usando força e sabedoria,
dei porrada na Maria,
na cutia e na vadia.

Após o combate, olhei para a vadia
que gemia
e tremia
dizendo que sua barriga doía.

É claro, pois ela havia comido uma melancia
e gritou pedindo-me para levá-la à drogaria,
logo lhe disse que não iria
pois ela disse que poeta eu nunca seria.

Mas senti pena da pobre vadia
que disse que me pagaria uma alta quantia
se eu a levasse à drogaria,
se arrependeu e disse que poeta eu seria.

Ao sair da drogaria
a vadia que não me pagou a tal quantia
disse que nem hoje e nem nunca me pagaria
e retomou a opinião de que poeta eu nunca seria.

Fiquei puto e disse que uma melancia
em sua bunda eu enfiaria
e faria coisas que ela temia,
se ela não me pagasse a tal quantia.

Logo ficou com medo do que eu dizia
me pagou a quantia
e disse que agora era seu coração que doía
pois se me pagasse ela se endividaria.

Lhe respondi que quanto mais ela me dizia
menos eu me importaria
com a briga com a Maria
e nem com as dores de uma vadia.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

As diferenças nós devemos aceitar

Certo dia estava eu a caminhar
quando vi uma garotinha que não parava de chorar
foi aí que ela me disse algo que me fez gargalhar,
ela me disse que estava assim a chorar
pois era uma garotinha que não sabia arrotar.
Foi com ousadia que ela começou a perguntar
se com seu problema eu poderia lhe ajudar,
nesse momento em milagres eu comecei a acreditar,
pois uma certa solidariedade começou a me dominar
pedi para que ela tentasse arrotar,
para que assim eu pudesse lhe avaliar,
logo percebi que não poderia lhe ensinar,
pois não era pela ponta de cima que ela soltava o ar,
assim a quilômetros de distância todos tentavam imaginar,
de que animal terrível esse som poderia ecoar
com tal ruído me adimirei e voltei a gargalhar
e mal pude dizer que não era por ali que o ar ela deveria soltar,
mas sim para cima a força ela deveria concentrar
então ela começou a meditar,
e concentrou todos os seus pensamentos no ato de arrotar,
foi nesse instante que de cor ela começou a mudar,
e por um instante pensei que ela ia se desintegrar
e quando dessa vez ela parecia que ia acertar
de repente o ar volta e pela ponta de baixo ela o torna a soltar,
logo a pobre garotinha recomeça a chorar,
e pensei como alguém tão jovem tal som poderia soltar,
disse para ela não se decepcionar
pois não importava se ela não sabia arrotar
já que ela é uma mestra na arte de peidar,
e disso ela deveria se orgulhar,
e que nem sempre é bom a maioria ela tentar imitar
pois são as diferenças entre as pessoas que nós devemos aceitar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A feiúra mais pura

Feiúra, feiúra.

Se pureza fosse feiúra
você seria a pessoa mais pura.

Feiúra.

Você é tão feio
que espanta a todos que vão ao rodeio
inclusive os que estão no meio
se espantam com o quanto você é feio.

Feiúra.

Se feiúra fosse altura
Você seria a pessoa de maior estatura.

Feiúra.

De longe vemos sua feiúra
e logo percebemos que ela não tem cura.
Sua feiúra, se cura
é a mais pura
feiúra.